Lembranças - 24 de abril de 2015, sexta-feira

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   Lembro-me de tudo. Da mesa 6 que estávamos sentados. Dos móveis rústicos da cafeteria. Dos seus olhos azuis gelado. De como os seus cabelos pretos estavam amarrados em trança. Lembro-me também de tua roupa: um vestido rosa com detalhes finos de flores, o meu favorito. De teu pingente de coração folheado à ouro. De teu cheiro de rosas - talvez um perfume que te dei. De como teu rosto mudou de tom ao encarar meus olhos. De como tentava falar-me, mas não encontrava forças. De quando respirou fundo e prendeu o choro. De seu tom de voz atônito ao me falar. De como suei frio quando ouvi a notícia. De como, a partir de então, não consegui dormir direito. Lembro-me de você tentando tranquilizar-me. De chorar todos os dias, até minha cabeça doer.
   Lembro-me de vê-la perdendo os cabelos. De apertar minha mão forte todos os dias. Do número do teu quarto: 308. De sua bata hospitalar limpíssima. Lembro-me de olhar fundo nos seus olhos e vê-los quase sangrar de dor. De mentir-me, dizendo-me que estava bem. Das inúmeras vezes em que desejou um cupcake ou um bolo. Lembro-me de você enxugando minhas lágrimas. De suas tentativas parecer forte - mas você nunca foi uma boa atriz. De nós dançando juntos uma música inexistente em frente à sua maca. De sua consistente frase: "não vamos tirar foto aqui. É apenas uma fase e não vou querer lembrar quando melhorar". Do médico dando-me notícias, uma pior do quê a outra. Lembro-me da imensa tristeza que tomou conta de mim naqueles dias. Dos livros que liamos juntos na maca. Dos risos que ainda conseguíamos trocar. Dos poucos beijos e abraços que damos, um no outro, quando você ainda tinha forças. 
   Lembro-me daquele dia. Da recepção totalmente branca pintada de gente. De entrar suando frio. Do médico falar em tom triste uma notícia pior ainda. De ver-te na maca. De sentir-me impotente de curá-la. De chorar. De observar-te dormindo tranquilamente. De acariciar teu rosto angelical cansado. De meu soluço ter acordado-te. De ver-te sorrindo infantilmente. De teus olhos azuis quase sem vida. De tua boca serena. Do tubo ajudando-te a respirar. Lembro-me de termos trocado poucas e eternas palavras. De eu não conseguir falar por somente chorar. De tu não conseguir falar por não conseguir. Da tua eterna frase: "eu vou melhorar". Da tua última citação: "eu te amo". Do médico avisando que o tempo havia acabado. De sair dali com o coração na mão. Das pessoas me olhando como se fosse uma aberração. De limpar meus olhos no carro. Lembro-me de gritar comigo mesmo coisas. De continuar a chorar. De quebrar várias coisas. De dormir no sofá, de tanto chorar. 
   Lembro-me de acordar naquele dia com saudades tua. De respirar fundo. De ir me arrumar já para ir te ver, mesmo sem ser o horário. De mandar um "eu te amo" sincero pelo celular. Do celular tocando. De pegá-lo e ver o nome da tua mãe. De suar frio. De fechar os olhos e ter ver na mente. De fazer uma das piores coisas que já fiz: aceitar a chamada. De ouvir a voz da minha sogra soluçando. Da terrível mensagem. Das minhas pernas tremerem. De cair no chão. De chorar até não poder mais. 
   Lembro-me de teu rosto angelical rodeado de flores, margaridas, como pediu. De falar contigo, na esperança de acordar. De agarrar a tua mão. De minhas lágrimas caindo sobre você. De sua pele macia e fria. De tuas pálpebras, impedindo-me de ver uma última vez teus olhos azuis-gelo. De fecharem o caixão. De gemer até não poder mais. De me separarem de ti. Lembro-me de proferir algumas coisas "clichês", porém sinceras. De te carregar até tua cova. De observar as pessoas cobrindo-te. De jogar uma última rosa vermelha. De despedir-me de ti. 
   Lembro-me de amar-te. 

Tentei fazer alguma coisa diferente, até porque estou com bloqueio criativo, não me julguem. E depois que estou em outro computador, onde não tem nada. Eu sei, eu sei, ficou uma porcaria melosa e eu decepcionei vocês, me desculpem,

23 de abril de 2015, quinta-feira

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Outro:  eu odeio seu blog, sua noujenta!!! Isso é sério? Quantos anos vocês tem, queridos? Tudo bem, tudo bem. Não entendem? Vamos começar do começo. Lembram daquele questionário que eu fiz com vocês? (Clique aqui para responder, se não fizeram). Eu recebi muuuuuuitas respostas (mais do quê os seguidores) e pouquíssimos comentários. Eu fiz aquela pesquisa para ouvir vocês e, assim, melhorar. E vieram muitas respostas ridículas
Você gosta do blog? 
Outro: eu odeio seu blog, sua noujenta!!!
Outro: seu blog é uma bosta.
Outro: até meu cachorro faz um blog melhor que o seu
Outro: se eu fosse você nunca entraria na blogosfera

Eu gosto de você?
Nem um pouco, eu odeio você, sua noujenta!!! E você é uma bosta. Até meu cachorro faz um filho melhor do que você (e olha que eu nem tenho um cachorro). Se eu fosse você eu nunca sairia da barriga da sua mãe.

Okay, okay, sinto que extravasei um pouco. Se eu aceito críticas? As construtivas, não as ridículas tipo você. Por que eu estou escrevendo isso? Porque eu sei que você, Sr. Ridículo, irá voltar. Isso é que eu não entendo. Se não gosta, porque continuar vindo aqui várias vezes e enviando diversos formulários? Se não gosta, querido, saia. Cresca e apareça.

Outra coisa: vi diversos formulários dizendo que deveria falar sobre outra coisa além "da minha vida". Eu gostei sim, das suas críticas, mas por favor, se informem antes. No menu, há o "sobre", e, se clicarem, irão ver que esse blog surgiu como diário, então, nada mais natural do quê escrever sobre minha vida, certo? Eu entendi a boa intenção de vocês, mas é que não dá para mudar.

Também vi que a maioria de vocês odeia o layout, por isso eu troquei. Tenho outros blogs, mas, como este surgiu como blog secundário, eu fiz um lay bestinha. Só que deu uma preguiça de fazer algo mais sério e aí eu acabei com o do Bunny Crazy.

Muito obrigada pela atenção, 
Alice ♥

22 de abril de 2015, quarta-feira

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Olá fofinhos <3 Esse é um post diferente, o título "padronizado" continua, mas hoje não textinho clichê. (Seria uma ironia fazer posts contra a padronização tendo imagens e títulos padronizados?!)
Enfim, a tia ou a sobrinha? quer saber de vocês umas coisinhas, então façam o favor e me respondam tudinho <3



Beijos ♥

21 de abril de 2015, terça-feira

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Já dizia o renomadíssimo, porém secundário filósofo Heráclito: "um homem não se banha duas vezes no mesmo rio". Assim mesmo, amanhã você acordará sem ser você. Talvez um voc ou um voocê. Quem sabe um vooc? Você irá acordar com novas ideias, novas inspirações. 
Não é bom ficar na mesmice. O bom mesmo é chocar as pessoas. Chega de dar ao mundo as mesmas pessoas, nós queremos uma nação diferente. Nós queremos uma nação de pessoas dispostas a quebrar as barreiras, os tabus. Nós queremos você. Ou vooc. Tanto faz. 
O que eu quero focar hoje é: mude. Chega de padrões. Seja diferente, seja você. Vá com tênis trocados, escolha outro sabor de sorvete, use pijama para ir ao shopping. Mude. Reivente-se!

Curto, but gold. Vou criar uma tag para textos u3u